Mara Gabrilli cobra da presidente política de reabilitação para vítimas de microcefalia

Mara_DilmaDurante o discurso de Dilma Roussef na sessão de abertura do Congresso Nacional, realizada nesta tarde (2/2), Mara Gabrilli questionou a presidente sobre as ações do Governo em relação às vítimas de microcefalia que já existem e que ainda vão nascer. Em resposta, a presidente pediu o apoio de Mara Gabrilli com ideias e propostas para o tema.

“Dilma falou sobre a prevenção ao mosquito Aedes aegypti, mas se esqueceu das pessoas que já são vítimas da microcefalia. Ela precisa apresentar algo de impacto voltado às pessoas que já foram atingidas”, afirmou Mara. Atualmente, as suspeitas de microcefalia causadas pelo Zika Vírus já passam de 4 mil e a previsão é de que chegue a 20 mil pessoas atingidas.

Na opinião da deputada, não basta combater o mosquito e desenvolver uma vacina, é preciso investir em uma política pública de reabilitação, que ainda não existe no país. “A microcefalia traz problemas intelectuais, motores, de fala, sensoriais, de visão e audição. A criança precisa de uma equipe multidisciplinar que a acompanhe, com fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo, assistente social, dentista. Só assim ela poderá vislumbrar um mínimo de qualidade de vida daqui a uns anos. Se isso não for feito agora, as pessoas ficarão jogadas, como muitas pessoas com deficiência que existem pelo país e se tornam invisíveis, sem que a gente nem saiba que elas existem”, disse Mara.

A tucana também criticou a distribuição de cadeiras de rodas pelo SUS. “É um absurdo. Tem estado que demora 5 anos para entregar uma cadeira. Ou seja, a criança fico 5 anos sem ir à escola e quando a cadeira chega, ela já cresceu e a cadeira não lhe serve. Enquanto não tivermos uma política pública de reabilitação que garanta oferta à demanda da população, os brasileiros com deficiência continuarão vivendo sem qualidade de vida”, concluiu.

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