Sobre

Mara Gabrilli, 55 anos, é publicitária, psicóloga e senadora pelo PSD/SP. Foi secretária da Pessoa com Deficiência da Prefeitura da capital paulista, vereadora na Câmara Municipal de SP e Deputada Federal por dois mandatos consecutivos. Em 2018, com 6.513.282 votos, foi eleita para representar São Paulo no Senado Federal (mandato 2019-2026).

Ainda, em junho de 2018, em uma conquista inédita para o país, Mara foi eleita para um mandato de quatro anos em um comitê da ONU do qual nunca houve um representante brasileiro. O Comitê sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência reúne peritos de diferentes países e monitora a implementação, pelos Estados Partes, da Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

Em 2022, Mara foi candidata a vice-presidente de Simone Tebet, em uma chapa histórica e inédita composta por duas mulheres disputando a Presidência do Brasil.

Empreendedora social, fundou em 1997 o Instituto Mara Gabrilli, ONG que fomenta pesquisas científicas para cura de paralisias, apoia atletas de alto rendimento do paradesporto e atua no desenvolvimento social de pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade.

Como Deputada Federal, por cinco anos consecutivos foi laureada pelo Prêmio Congresso em Foco, onde ficou entre os melhores parlamentares da Câmara dos Deputados na visão de 186 jornalistas de 45 veículos de comunicação que cobrem o Congresso Nacional. Em 2018, também pelo Prêmio Congresso em Foco, foi eleita a melhor deputada de São Paulo e a que mais trabalha para reduzir as desigualdades.

Pela Revista Veja, Mara ficou no ranking como o terceiro melhor parlamentar do ano de 2011, entre os 513 da Câmara dos Deputados, sendo a primeira colocada entre as mulheres e entre os parlamentares de São Paulo. Em agosto de 2008,  foi avaliada como a segunda melhor vereadora paulistana, entre os 55 vereadores, por estudo da ONG Voto Consciente.

Mara Gabrilli escreve para  o site da revista TPM, onde mantém o Blog Mara a tona.  Durante dez anos, foi também colunista da revista impressa e suas 50 melhores crônicas já foram reunidas no livro Íntima Desordem – os melhores textos na TPM (editoras Arx e Versar). Além da TPM, mantém colunas em diversos veículos como o jornal Estadão (Blog do Fausto Macedo), Portal iGPortal Muitos RarosPortal Mobilize,  entre outras.

Mara ainda foi consultora do livro Vai encarar? – A nação (quase) invisível das pessoas com deficiência (editora Melhoramentos), de Claudia Matarazzo, e colaborou com o capítulo: “Educação para Todos: uma questão de direitos humanos” no livro Educação 2010 – as mais importantes tendências na visão dos mais importantes educadores (Humana Editorial).

Comandou de abril de 2007 a dezembro de 2012 , o programa de rádio Derrubando Barreiras: acesso para todos, na Rádio Eldorado AM e  Estadão/ESPN.  Em janeiro de 2010 lançou o Momento Terceiro Setor, na Rádio Trianon AM.

Em reconhecimento a sua atuação, foi eleita Paulistana do Ano (2007) pela revista Veja São Paulo, figurou entre os Cem Brasileiros Mais Influentes (2008) das revistas Isto É e Época, e foi finalista do Prêmio Claudia 2008 na categoria Políticas Públicas.

Em outubro de 2013,  lançou pela editora Saraiva a biografia ‘Depois daquele dia’, escrita pela jornalista Milly Lacombe.

TRAJETÓRIA

Em 20 de agosto de 1994, Mara Gabrilli sofreu um acidente de carro que a deixou tetraplégica. Passou cinco meses internada – dentre os quais dois em respirador artificial – e recebeu uma nova condição para a vida: a impossibilidade de se mexer do pescoço para baixo.

Em 1997, fundou a ONG Projeto Próximo Passo com o objetivo de promover a acessibilidade e o desenho universal, pesquisas para cura de paralisias e projetos de inclusão social para atletas com deficiência. Em 2007, a ONG se expandiu e transformou-se no Instituto Mara Gabrilli, que tem a PPP como um de seus braços. Em outubro de 2008, o IMG trouxe uma cientista indiana para trocar experiência com a pesquisadora da USP Lygia Pereira, o que resultou na primeira linhagem brasileira de células-tronco embrionárias, a BR-1. Conheça mais a ONG: www.img.org.br

Mara Gabrilli foi a primeira titular da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED) criada em abril de 2005. Desenvolveu dezenas de projetos em diversas áreas: infraestrutura urbana, educação, saúde, transporte, cultura, lazer, emprego, entre outros.

Isso resultou no aumento de 300 para cerca de 3 mil do número de ônibus acessíveis com bancos largos para obesos e piso baixo; na reforma de 400 quilômetros de calçadas adaptadas, inclusive na Avenida Paulista, que com rampas, piso podo-tátil e semáforos sonoros, se tornou modelo de acessibilidade na América Latina; na criação de 39 núcleos municipais de reabilitação física e saúde auditiva; no emprego de mais de mil trabalhadores com algum tipo de deficiência; nas versões em braile ou áudio de todos os livros das Bibliotecas Municipais (Ler pra Crer); na ida de 14.000 pessoas com deficiência ao cinema, teatro e exposições; entre outros que só vêm crescendo em números nas gestões que a sucederam.

Em atuação na Câmara Municipal de São Paulo desde fevereiro de 2007, protocolou 43 Projetos de Lei que trarão mudanças na cidade para melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, mas que, no fim das contas, beneficiarão a toda população. Sete foram aprovados e são Leis Municipais, entre elas: a que criou a Central de Intérpretes de Libras e Guias-Intérpretes para Surdocegos (Lei 14.441/2007); a que tornou Lei o Programa Municipal de Reabilitação da Pessoa com Deficiência Física e Auditiva, determinando a implantação de novos serviços de reabilitação nas 31 subprefeituras da capital (Lei 14.671/2008); o Plano Emergencial de Calçadas (PEC), que permite que a Prefeitura reforme e revitalize as calçadas em vias estratégicas onde estão localizados os diversos equipamentos públicos e privados essenciais à população – correios, escolas, hospitais, etc (Lei 14.675/2008); e a que criou o Programa Censo Inclusão, que prevê um levantamento detalhado com perfil sócio-econômico dos cerca de 1,5 milhão de pessoas com deficiência na capital paulista (Lei 15.096/2010), programa lançado pela Prefeitura em 19/3/2012.

Como deputada federal, protocolou 57 projetos de lei, 2 propostas de emenda à Constituição Federal e foi relatora de outros 17 PLs. É também autora de importantes emendas em projetos do Governo, como no PRONATEC (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), no Plano Nacional de Educação e as que garantiram acessibilidade nas novas construções do Programa Minha Casa, Minha Vida. Em março de 2012 foi relatora da Medida Provisória 550/11, que concede crédito para financiamento de produtos e serviços de tecnologia assistiva. Em 2013 foi designada relatora da Lei Brasileira de Inclusão (antigo Estatuto da Pessoa com Deficiência). Graças a um trabalho primoroso em conjunto com a sociedade civil, o projeto, que entrou em vigor em janeiro de 2016, passou por uma grande reformulação e hoje é considerado o que há de mais moderno e completo em termos de legislação da pessoa com deficiência.

Em 2015/16 foi a primeira mulher na história a ocupar um cargo administrativo na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados e do Congresso Nacional, tendo sido eleita a Terceira Secretária de ambas as Casas.

Em junho de 2018, em uma conquista inédita para o país, Mara foi eleita para um mandato de quatro anos em um comitê da ONU do qual nunca houve um representante brasileiro. O Comitê sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência reúne peritos de diferentes países e monitora a implementação, pelos Estados Partes, da Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

No Senado integra como titular as Comissões Permanentes de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), de Assuntos Sociais (CAS), de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), e de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC). Na CAS, Mara ainda é presidente da Subcomissão Permanente de Acompanhamento das Políticas Públicas para as Pessoas com Doenças Raras e, na CTCF, é presidente da Subcomissão Temporária sobre a Qualidade dos Gastos Públicos e Combate à Corrupção. No âmbito do Congresso Nacional, é a atual relatora da Comissão Mista Permanente sobre Migrações Internacionais e Refugiados.