Grupo Parlamentar Brasil-ONU é instalado no Senado Federal

Foto do painel virtual em sessão remota do Senado. Mara aparece em destaque do lado esquerdo. Ao lado a janela de outros parlamentares.Em uma reunião virtual, os integrantes elegeram como presidente o deputado Roberto de Lucena (Podemos-SP) e como vice-presidente o senador Eduardo Girão (Podemos-CE). 

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) foi eleito segundo-vice-presidente e o senador Major Olimpio (PSL-SP), primeiro-secretário-executivo. O secretário-executivo é Sóstenes Marchezine, membro da Comissão Especial Brasil/ONU de Integração Jurídica e Diplomacia Cidadã para Implementação dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas da Ordem dos Advogados do Brasil. Os mandatos têm duração de dois anos, renováveis pelo mesmo período.

Integrado por 16 deputados e 11 senadores, o colegiado aprovou o estatuto que vai orientar os trabalhos dos parlamentares. O grupo tem a missão de incentivar e desenvolver as relações do Congresso com a ONU em todas as suas agências e instâncias, principalmente quando forem envolvidas a dimensão do Legislativo e a representação popular.

Para Girão, que conduziu a primeira reunião, o GP Brasil-ONU deverá buscar a pacificação entre as nações, incentivando valores e princípios que fazem o Brasil ser reconhecido internacionalmente. O senador citou como exemplos a defesa da vida e da família e políticas de combate às drogas e ao jogo — bandeiras que, segundo o senador, precisam ser incentivadas com base na ciência.

— A gente sabe do destino desta nação, o que ela representa para o mundo todo. Então, quando a gente está aqui, montando um grupo Brasil-ONU, uma instituição respeitada, que desde a sua fundação tem como uma missão importante a união das nações, trabalhar em conjunto. E é por aí: através da união, é através da humildade e do trabalho que se pode construir algo.

Segundo Lucena, apesar de o grupo ter sido criado em 2014, pela primeira vez o colegiado foi instalado no Legislativo. O deputado citou como prioridades do GP Brasil-ONU a erradicação da pobreza e da fome, além a democratização do acesso à água.

— Iremos provocar a iniciativa privada, a sociedade civil para compartilhar um desafio em conjunto: a missão de lutar por um Brasil sem fome — disse.

A senadora Rose de Freitas (Podemos-ES) afirmou que é preciso defender uma pauta na ONU que cuide principalmente dos desabrigados, dos violentados e dos que são “agredidos pelas políticas de cada país”. E citou também o combate à fome como meio de promover a paz e a solidariedade entre as nações.

— Queremos fazer com que as políticas públicas sejam o agente, o braço pela paz, promovendo mais igualdade, diminuindo os conflitos. E tratando hoje, nesse momento, para erradicar essa pandemia, tratando de cuidar dos menos favorecidos que hoje passam fome em nosso país, passam fome no mundo para promover a paz.

Também fazem parte do GP Brasil-ONU o presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), Nelsinho Trad (PSD-MS, e os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Zenaide Maia (Pros-RN), Antonio Anastasia (PSD-MG), Fabiano Contarato (Rede-ES), Mara Gabrilli (PSDB-SP), Carlos Fávaro (PSD-MT), Jayme Campos (DEM-MT) e Esperidião Amin (PP-SC).

Diplomacia

O diretor do Departamento de Nações Unidas do Ministério das Relações Exteriores, Adriano Pucci, celebrou a criação do grupo no ano em que a ONU completa 75 anos e afirmou ser “muito importante” o papel que será exercido pelo Legislativo na construção e na execução das pautas defendidas pelo povo brasileiro junto às 193 nações que fazem parte da organização. Ele destacou que o Brasil é um país com “voto, voz, presença, imagem e respeito nas Nações Unidas”.

— A diplomacia é muito dimensional. Há uma diplomacia oficial, conduzida pelo presidente da República e implementada pelo Itamaraty, há uma diplomacia parlamentar, que é essa que estamos fazendo agora com muita competência e empenho. Inclusive quando são designados observadores parlamentares, que participam de fóruns parlamentares internacionais, sejam eles bilaterais, regionais ou mundiais, o Brasil tem um patrimônio a defender nas Nações Unidas. Nós somos um dos 51 membros fundadores das Nações Unidas que hoje congrega 193 países. Temos um papel histórico em participação em missões de paz.

Fonte: Agência Senado

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