Com 456 votos, a deputada Mara Gabrilli (SP) foi eleita na noite deste domingo (1o) para ocupar o cargo de 3ª secretária da Mesa Diretora da Câmara. Integrante de um bloco parlamentar composto ainda por PSB, PPS e PV, totalizando 106 deputados, o PSDB indicou a tucana, que teve seu nome chancelado pela maioria esmagadora dos parlamentares. Já para a Liderança da Minoria, o indicado é o deputado Bruno Araújo (PE), que liderou a bancada tucana em 2012.
A 3ª Secretaria da Mesa é responsável pela condução dos trabalhos legislativos e dos serviços administrativos da Casa. O 3º secretário tem como atribuições controlar as requisições de passagens aéreas, examinar requerimentos de licença e justificativa de faltas dos deputados.
Mara Gabrilli agradeceu aos colegas tucanos. “Que honra. Estou muito lisonjeada. É muita responsabilidade representá-los”, disse ela, que batalhou ao lado de outros parlamentares com deficiência para que fosse criado um acesso especial à Mesa Diretora e às tribunas do plenário da Casa. A nova estrutura foi inaugurada em 7 de outubro do ano passado. “Tem toda uma sincronicidade pelo fato de ter lutado tanto para que houvesse essa acessibilidade.”
Foram instaladas duas rampas de acesso à mesa, que também servirão para facilitar a chegada às tribunas usadas pelos parlamentares para os discursos – situadas dos lados esquerdo e direito da mesa. As rampas atendem aos padrões de declividade definidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Para Gabrilli, essa é uma conquista do Parlamento que serve de exemplo para todo o Brasil. O acesso de um cadeirante à Mesa, que não seria possível há um ano, indica que as pessoas com deficiência estão ganhando espaço depois de muito tempo esquecidas. “Ser uma mulher tetraplégica compondo a Mesa mostra que tudo é possível desde que exista acessibilidade”, afirmou.
Ja a Liderança da Minoria, comandada no ano passado por Domingos Sávio (MG), é, na prática, o maior partido ou bloco parlamentar que, em relação ao governo, posiciona-se diferentemente do maior partido ou bloco parlamentar da Câmara. Trata-se da Liderança da Oposição na Casa. Ela é formada por um líder e seis vice-líderes.
Segundo Bruno Araújo, os partidos de oposição vão representar com muita firmeza a combinação de emoções que hoje predomina na população. “Há naqueles que não votaram em Dilma Rousseff um sentimento de grande indignação e, em parte daqueles que votaram, um sentimento de traição”, disse. “As bancadas da oposição chegam respaldadas por uma população que é crítica a esse governo que está desmantelando o país”, completou.
(Da Redação/ Foto: Alexssandro Loyola)