Mara Gabrilli questiona Ministério da Saúde sobre fornecimento de medicamentos para os pacientes de Mucopolissacaridoses

Mara falando ao microfone segurado por Rosa. Ela está em uma comissão na Câmara. Atrás dela há uma bandeira do BrasilDeputada Mara Gabrilli questiona Ministério da Saúde sobre o a falta de medicamentos aos pacientes com mucopolissacaridose. O atraso na administração dessas drogas ou a interrupção de seu fornecimento tem impactando negativamente no tratamento de quem sofre da doença

Diante das seguidas denúncias de pacientes de Mucopolissacaridose sobre a falta de medicamentos fornecidos pelo SUS, a deputada federal Mara Gabrilli apresentou um requerimento de informação ao Ministério da Saúde solicitando respostas a três questionamentos relacionados ao tema:

1. Quando os pacientes com MPS IV e MPS VI receberão os medicamentos Elosulfase alfa (Vimizim®) e Galsufase (Naglazyme®), respectivamente?

2. O que será feito para não descontinuar o tratamento para os pacientes com Mucopolissacaridose nas formas I, II, IV e VI da doença?

3. Como o Ministério da Saúde tem se organizado e planejado para evitar novos desabastecimentos desses e dos demais medicamentos para os pacientes com doenças raras?

“Atualmente muitos pacientes com Mucopolissacaridose estão sem medicamentos. O atraso na administração dessas drogas ou a interrupção de seu fornecimento influencia negativamente no tratamento, o que muitas vezes tem resultado em morte de pacientes”, explica Mara.

As Mucopolissacaridoses fazem parte de um grupo de enfermidades raras, degenerativas e de origem hereditária, causadas pela deficiência da atividade enzimática responsável por digerir os glicosaminoglicanos, causando o acúmulo desses no interior das células e, consequentemente, o funcionamento inadequado do organismo.

A doença causa danos na formação e crescimento ósseo, assim como rigidez nas articulações, variações das válvulas cardíacas, infecções e doenças pulmonares, turvamento da córnea e consequentemente a cegueira, perda auditiva, compressão da medula espinhal, entre outras complicações.

Os pacientes com os tipos I e II da doença receberam doses emergenciais de Aldrurazyme (Laronidade ®) e Idursulfase (Elaprase ®), porém pacientes se queixaram à deputada que não receberam a medicação para continuação do tratamento. Já aqueles pacientes com a forma IV e VI da doença estão sem a medicação: Elosulfase alfa (Vimizim
®) e Galsufase (Naglazyme ®), respectivamente.

“Outro aspecto importante a ressaltar é que existem diversas evidências científicas e estudos que demonstraram que o uso precoce e contínuo dos medicamentos impedem a progressão da doença e evitam sequelas e os comprometimentos já citados, permitindo a essas pessoas vida plena e desenvolvimento pessoal e profissional”, afirma a parlamentar.

O Requerimento de Informação é o documento legislativo que tem como objetivo solicitar informações a Ministro de Estado. A partir de seu recebimento, o Ministério da Saúde terá 30 dias para responder os questionamentos, sob pena de cometimento de crime de responsabilidade.

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