“Aos 26 anos, perdi os movimentos do pescoço para baixo. Desde então, resolvi que nunca mais pararia de me mexer”, afirma a senadora Mara. Durante as mais de duas décadas de atuação na militância e vida pública, Mara já fez muita coisa por SP e pelo Brasil. Confira um resumo desta trajetória.
Antes de me tornar uma figura pública, eu limita pelas pessoas com deficiência. Em 1997, três anos depois de ficar tetra, fundei uma ONG para apoiar o paradesporto e as pesquisas para a cura de paralisias. Hoje, o Instituto Mara Gabrilli desenvolve várias ações em comunidades carentes em São Paulo, atendendo pessoas com deficiência moradoras de comunidades carentes da cidade.
Em minha trajetória política, conseguimos transformar muita coisa em São Paulo e no Brasil. Como primeira titular da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, desenvolvemos dezenas de projetos em São Paulo nas áreas de infraestrutura urbana, educação, saúde, transporte, cultura, lazer, emprego, etc.
Entre outras ações, esse trabalho resultou no aumento da frota de ônibus adaptados, que de 300 saltou para 3 mil, além da reforma de 400 quilômetros de calçadas, inclusive na Avenida Paulista, que se tornou modelo de acessibilidade na América Latina.
Como vereadora da cidade de SP, protocolamos 60 Projetos de Lei. Seis foram aprovados e são leis municipais que melhoraram a vida da população paulistana, principalmente a mais vulnerável. São leis de sua autoria:
1- Lei 14.441/2007- Central de Intérpretes de Libras e Guias-Intérpretes para Surdocegos.
2- Lei 14.671/2008 – Programa Municipal de Reabilitação da Pessoa com Deficiência Física e Auditiva.
3- Lei 14.675/2008 – Plano Emergencial de Calçadas (PEC), que obriga a Prefeitura a reformar e revitalizar as calçadas da cidade.
4- Lei 15.096/2010 – Programa Censo Inclusão, um levantamento detalhado com perfil socioeconômico dos cerca de 1,5 milhão de pessoas com deficiência na capital paulistana.
5- Lei 15935/2013 – Lei Leide Moreira, previsão de multa para qualquer estabelecimento que queira cobrar mais de um ingresso por pessoa.
6- Lei 15.962/2014 Obriga que os 19 mil pontos de ônibus de São Paulo tenham informações sobre os coletivos que passam no local.
Como deputada Federal, mudamos a Câmara dos Deputados, que passou por uma ampla reforma para ficar acessível a todo e qualquer cidadã do Brasil. Hoje, tanto a Mesa Diretora quanto as tribunas do plenário têm acessibilidade, o que por décadas não fora possível.
Durante meus dois mandatos, apresentamos 56 projetos de lei, 2 propostas de emenda à Constituição e relatou ainda 17 projetos. Também presidi a Comissão em Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência e a Frente Parlamentar Mista de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras.
Batalhamos também nas comissões de Seguridade Social e Família, na Comissão Externa de monitoramento da microcefalia e na Comissão de Reforma do código de processo penal.
Sempre ouvindo a população, relatamos junto com a sociedade civil a Lei Brasileira de Inclusão, aprovada por unanimidade no Congresso e reconhecida internacionalmente por seu teor inovador. Ainda, com o apoio das famílias, relatei a Lei que cria uma política de direitos às pessoas com autismo.
Em 2018 – em uma conquista inédita ao país, fui eleita para integrar o Comitê da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência – CDPD, no período 2019 – 2022. É a primeira que o Brasil tem um representante ocupando tal posição.
Meu histórico de trabalho sempre foi voltado ao brasileiro que mais depende do Estado, no combate a todas as formas de discriminação e também no combate à corrupção, uma das grandes mazelas no Brasil.
Agora, no Senado, nossa forma de ver e pensar política continua a mesma. Já temos 17 projetos aprovados em Comissões. E todos são voltados para melhorar a vida das pessoas mais vulneráveis.
Acreditamos que quando a vida de uma pessoa mais vulnerável melhora, a humanidade dá um passo de qualidade.
Seguimos assim. Avante.