Projeto de Mara Gabrilli prevê comissão de negociação em instituições de ensino

Mara em comissão falando ao microfone instalado em bancadaA Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) analisa um projeto de lei que possibilita a instalação de comissão de negociação em instituições de ensino pré-escolar, fundamental, médio e superior, quando o valor dos encargos educacionais for considerado exorbitante (ou insuficiente) por uma das partes.

Autora da proposta  (PL 1.237/2019), a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) argumenta que a instância de negociação é necessária, especialmente no ensino superior. Ela destaca que uma das metas previstas no Plano Nacional de Educação (PNE) é democratizar o acesso à educação superior, para que ele deixe de ser um sistema de elite para se tornar um sistema de massa.

“Considerando o cenário de crise econômica atualmente vivido, acrescido da necessidade de manter o ritmo de democratização de acesso à educação superior preconizado pelo PNE, entendemos que este seria um momento propício para resgatar o espírito da instância de negociação dos valores dos encargos educacionais”, afirma a autora na justificativa do projeto. Ela ressalta, porém, que a medida beneficiaria também os demais níveis de ensino.

A comissão de negociação não seria obrigatória, explica Mara. “Sua dinâmica de funcionamento deverá ser estabelecida por regulamento e sua constituição poderá ser motivada pela consideração de que o valor reajustado do encargo educacional é inadequado para uma das partes”, esclarece. As negociações nas universidades e nos centros universitários, quando necessárias, poderiam ocorrer no âmbito dos conselhos superiores dessas instituições.

A legislação vigente (Lei 9.870, de 1999) determina que o valor das anuidades ou das semestralidades escolares seja contratado no ato da matrícula. A mesma lei autoriza o acréscimo de montante proporcional à variação de custos de pessoas e de custeio, comprovado mediante apresentação de planilha de custo, editada pelo Poder Executivo. A senadora relata que a versão original da lei, aprovada pelo Congresso, previa a instância de negociação dos valores dos encargos educacionais, mas tal dispositivo foi vetado. O projeto busca então aperfeiçoar a legislação, reinserindo a possibilidade de negociação, diz a parlamentar.

Fonte: Agência Senado

 

 

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