Comissão debate medidas para a inclusão de estrangeiros acolhidos pelo Brasil

Na imagem, varias pessoas atravessam um trilho de trem, entre elas estão algumas crianças com mochilas e uma pelúcia no braço

A Comissão Mista Permanente sobre Migrações Internacionais e Refugiados promoveu, nesta quarta-feira (29), uma audiência pública para debater as medidas necessárias para a inclusão social dos estrangeiros acolhidos pelo Brasil. Para a presidente do colegiado, senadora Mara Gabrilli (PSD – SP), o Congresso pode ajudar a resolver algumas questões, como a revalidação de diplomas de nível superior emitidos em outros países e a adaptação das crianças.

A INCLUSÃO SOCIAL DE IMIGRANTES E REFUGIADOS FOI TEMA DE DEBATE NO SENADO.

A ADAPTAÇÃO DAS CRIANÇAS E A REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS EMITIDOS NO EXTERIOR SÃO DUAS DAS DIFICULDADES ENFRENTADAS POR ESSAS PESSOAS. REPÓRTER LUANA VIANA:

Em audiência pública na Comissão Mista sobre Migrações e Refugiados, a presidente do colegiado, Mara Gabrilli, do PSD de São Paulo, destacou que o Brasil tem legislação e políticas avançadas, mas ainda precisa melhorar seus mecanismos de inclusão social dos estrangeiros que são acolhidos no país.

De acordo com a senadora, o Congresso pode ajudar a resolver algumas questões, como a revalidação de diplomas de nível superior emitidos em outros países e a adaptação das crianças:

Mara Gabrilli : “Precisamos e podemos fazer mais. É urgente tramitarmos com mais celeridade as propostas legislativas para garantir a revalidação de diplomas de ensino superior. É urgente também que a gente desenvolva uma política pública robusta para a primeira infância.”

A ativista dos Direitos Humanos, Maha Mamo, destacou que o Brasil foi o único país que a acolheu e concedeu a ela uma cidadania. Antes, ela era apátrida, ou seja, uma pessoa que não possui nacionalidade reconhecida por nenhum país. Maha agora é brasileira, mas está há 9 anos tentando revalidar seu diploma. Ela apontou que o excesso de burocracia, os altos custos e a falta de informação são grandes desafios para imigrantes e refugiados que possuem formação universitária e desejam se inserir no mercado de trabalho brasileiro em posições condizentes à sua graduação.

Maha Mamo: “Contribuir, deixarmos o Brasil melhor, nosso Brasil que eu falo, porque hoje eu sou brasileira, faz 5 anos. Todo mundo quer contribuir, todo mundo quer se sentir útil. Então eu acho que a gente precisa sensibilizar as universidades, falar mais sobre esse assunto dos refugiados, dos apátridas, dos imigrantes. A gente precisa harmonizar procedimentos. Eu acho que as informações não estão chegando para as pessoas que precisam. A gente tem que incentivar a melhoria das políticas públicas.”

Os participantes da audiência pública da Comissão de Migrações e Refugiados também pediram maior apoio na questão do idioma, principalmente para as crianças que são encaminhadas para as escolas públicas brasileiras. Sob a supervisão de Marcela Diniz, da Rádio Senado, Luana Viana.

Fonte: Agência Senado

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