Deputada exige explicações sobre falta de medicamento a transplantados no SUS

Mara falando ao microfone segurado por sua assistente Kesia

A deputada Mara Gabrilli apresentou recentemente requerimento à Mesa Diretora da Câmara pedindo informações ao Ministério da Saúde sobre o desabastecimento do imunossupressor Tacrolimus no SUS.A tucana solicita ainda informações sobre as providências adotadas para solucionar o problema. O medicamento é essencial no tratamento de pessoas que fizeram transplante para evitar a rejeição do novo órgão. A falta do imunossupressor tem causado grande preocupação para pacientes e familiares.

Segundo a deputada, apesar dos avanços ocorridos nas últimas décadas para a ocorrência de transplantes no Brasil, existem muitas dificuldades que ainda precisam ser superadas por um paciente, como a espera na fila para que se consiga um órgão compatível, que pode ser longa e durar anos. Para ela, as notícias sobre a falta do medicamento em farmácias públicas de diversas regiões são preocupantes, pois significa mais uma barreira que pode comprometer uma vida.

“Mesmo após vencer todos os desafios, o paciente transplantado precisa de cuidados adequados para que seu organismo não rejeite o enxerto. Esse é um passo muito importante para o sucesso contínuo do procedimento”, explica, enfatizando a importância do uso Tacrolimus. Para um tratamento efetivo, é recomendável que os pacientes tomem a medicação diariamente, caso contrário, há possibilidades de insucesso no reconhecimento do órgão pelo corpo, principalmente quando se trata do transplante de fígado e rins.

Mara afirma que é inadmissível o desabastecimento de um medicamento vital no SUS. Os danos são extremos não só para o paciente, mas para o sistema de saúde. “A falta do fármaco imunossupressor constitui sério risco à vida e à saúde dos transplantados e precisa ser evitada a todo custo”, alerta.

Devido ao sério problema, o requerimento  da deputada pede ao ministro da Saúde, Ricardo Barros, informações sobre a atual situação da regularidade do fornecimento, onde há estoque e em que locais há falta do medicamento. Além disso, visa entender as razões que levaram à falta do produto nos anos de 2016 e 2017 e, sobretudo, evidenciar medidas adotadas para a regularização do fornecimento, entre outras informações consideradas relevantes.

O pedido de Mara Gabrilli aguarda parecer da Mesa Diretora para ser enviado ao Ministério da Saúde.

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