App que auxilia crianças com deficiência ganha versão gratuita

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O app que permite a gestão da rotina da criança, com orientações personalizadas para planejar atividades etapa por etapa, ganhou uma versão gratuita, disponível para tablets Android e iPads

Vista por muitos como vilã ou sinônimo de inflexibilidade, a rotina é um dos eixos do trabalho do Terapeuta Ocupacional Régis Nepomuceno.

“Todas as crianças aprendem no dia a dia, brincando, participando das atividades de vida diária, em casa, na escola, em diversos ambientes. No caso de uma criança com deficiência é da mesma forma, mas esse aprendizado muitas vezes precisa de orientações e um acompanhamento especializado”, defende.

Foi com essa proposta que ele criou o app Minha Rotina Especial, lançado em 2015. A ideia era criar um software de baixo custo, em que os cuidadores, os profissionais de educação e reabilitação pudessem acompanhar o desenvolvimento das crianças com deficiência, personalizando orientações, compartilhando relatórios e objetivos para as crianças com deficiência nas atividades diárias.

Entretanto, o software ainda não era acessível para a maioria das famílias. Então o terapeuta teve outra ideia, disponibilizar o programa gratuitamente numa versão mais simples, em que cada software só permite personalizar e planejar a rotina de uma criança: surgiu assim o Minha Rotina Lite . Já a versão paga, com relatórios e atividades irrestritas, foi direcionada para terapeutas, clínicas e escolas, com a possibilidade de cadastrar rotinas para múltiplos usuários.

Os números mostram que a demanda é significativa: O Unicef estima que 93 milhões de crianças no mundo, ou uma em cada 20 crianças com 14 anos de idade ou menos, vivem com algum tipo de deficiência moderada ou grave (Embora reconheça que a definição de deficiência varia de país para país). No Brasil, 29 milhões de crianças até os 9 anos de idade declaram ter algum tipo de deficiência, segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que em países de baixa renda apenas entre 5% e 15% das pessoas que necessitam de tecnologia assistiva conseguem obtê-la. “Com a popularização da tecnologia móvel, diversas famílias possuem tablets com excelentes recursos de acessibilidade e softwares que custam muito menos, o que amplia o acesso e dá novas oportunidades para milhares de crianças”, defende o terapeuta.

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