Senadora dá início à campanha para renovar seu mandato como perita do Comitê da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e Itamaraty já confirma votos
Senadora por São Paulo, Mara Gabrilli (PSD) foi indicada pelo governo brasileiro para a sua reeleição ao cargo na disputa que renovará metade (9 das 18 vagas) dos peritos independentes na temática da pessoa com deficiência na ONU. A campanha pelos assentos no comitê começará em junho deste ano em Nova York e deverá ser concluída em junho de 2024. Mesmo um ano antes de iniciar o pedido de votos, segundo o Itamaraty, Mara já conta com o voto de confiança de membros aliados para renovar seu trabalho no órgão mundial.
O convite oficial foi feito na última sexta-feira pelo Embaixador João Lucas Almeida, chefe da Divisão de Direitos Humanos do Ministério das Relações Exteriores. Essa reunião foi fundamental para sedimentar que o novo governo seguirá com a candidatura da senadora.
O Comitê da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência é responsável por monitorar a implementação da Convenção da ONU sobre os direitos desse público. Mara é reconhecida por seus trabalhos sociais, como o que desenvolve no Instituto Mara Gabrilli fundado em 1997, fomenta o progresso de pesquisas científicas para cura de paralisias, além de apoiar atletas de alto rendimento do paradesporto e auxiliar pessoas com deficiência ou em situação de vulnerabilidade. Ela também foi a primeira brasileira a participar do Comitê da ONU. Caso renove seu mandato, a senadora exercerá o cargo por quatro anos, representando o Brasil. No entanto, não há nenhum custo para o Governo brasileiro ou para o Senado Federal para que Mara desempenhe suas funções.
Atuação no Senado
No legislativo brasileiro, a senadora pautou seu trabalho em muitos temas relacionados à defesa dos direitos humanos. Mara foi membro da Comissão de Relações Exteriores, relatora da Comissão Mista Permanente sobre Migrações Internacionais e Refugiados (CMMIR), que reúne deputados e senadores com o objetivo de monitorar movimentos migratórios nas fronteiras do Brasil e pautar a defesa dos direitos dos refugiados. Recentemente, monitora principalmente a situação de venezuelanos e ucranianos abrigados em São Paulo. Neste ano de 2023, Mara assume como presidente da Comissão.
Entre os trabalhos desempenhados pela senadora está também a questão das Mães de Haia, mulheres que lutam pelo simples direito de ver e estarem perto de seus filhos, muitas vezes envolvendo questões extra fronteiras e a diplomacia entre países.