Mara Gabrilli defende mais diplomatas mulheres representando o Brasil

Foto de Mara sorrindo e olhando para frente. No fundo parte de um quadro onde há um campo de grãos e rolos de feno coloridos em azul, vermelho e verde. Um rio bem sinuoso corta esse campo na diagonal.

Senadora por São Paulo participará de sabatina da única mulher indicada para posto chave no exterior, a embaixadora Maria Luiza Viotti. Mara concorre a cargo na ONU

A senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) se reuniu em São Paulo nesta quarta-feira (5) com a Embaixadora Irene Vida Gala, Presidente da Associação das Diplomatas Brasileiras (AMDB), entidade civil criada em 16 de janeiro deste ano para promover os interesses e garantir o protagonismo das mulheres na elaboração e execução da diplomacia brasileira.

Na ocasião, a Embaixadora, que também é subchefe do Escritório de Representação do Itamaraty em São Paulo, criticou a baixa representatividade das diplomatas brasileiras nas embaixadas. Atualmente, as mulheres compõem menos de 24% do corpo diplomático brasileiro e chefiam apenas 11 dos 130 postos no exterior.

A Senadora é membro da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal, responsável constitucionalmente por sabatinar os indicados e indicadas do Governo Federal para as embaixadas e missões diplomáticas ao redor do mundo.

Nos últimos dias, o governo Lula indicou 23 diplomatas para representarem o Brasil em postos estratégicos, como ONU (Organização das Nações Unidas), OMC (Organização Mundial do Comércio), OEA (Organização dos Estados Americanos) Washington, Buenos Aires, Londres e Paris. Desse total, apenas uma mulher – a Embaixadora Maria Luiza Viotti – integra a lista.

A próxima sabatina no Senado deve ocorrer nas próximas semanas e a expectativa é que a Senadora Gabrilli seja a responsável por sabatinar da Embaixadora Viotti, cotada para assumir o posto em Washington. A parlamentar aproveitará a oportunidade para reforçar a importância de mulheres nos altos níveis da representação diplomática e nas chefias de organismos internacionais.

Eleição na ONU

Gabrilli, que foi eleita perita do Comitê sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU entre os anos de 2019 e 2022, é a aposta do Brasil para novo mandato no colegiado. Nos últimos quatro anos, a senadora por São Paulo foi a única mulher no cargo de perita brasileira no sistema de direitos humanos das Nações Unidas em Genebra. A eleição está prevista para junho de 2024.

 

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