Mara Gabrilli é eleita presidente da Subcomissão de Doenças Raras do Senado

Mara na CAS RARAS onde foi eleita presidente. Ela está com um sorriso aberto

Senadora por São Paulo defenderá políticas públicas que afetam 13 milhões de brasileiros. Demora em diagnóstico piora qualidade de vida

Foi instalada nesta quarta-feira (30), no Senado Federal, durante a Comissão de Assuntos Sociais, a Subcomissão Permanente de Direitos das Pessoas com Doenças Raras. A Senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) foi eleita para presidir o colegiado e apresentou o plano de trabalho para acompanhar as políticas destinadas às pessoas com doenças raras. Sua colega, a também senadora Damares Alves (Republicanos – DF), foi escolhida vice-presidente.

De acordo com Ministério da Saúde, há 13 milhões de brasileiros com doenças raras diagnosticados com 8 mil tipos de patologias. Segundo a Organização Mundial da Saúde, doença rara é aquela que afeta até 65 pessoas em cada 100 mil. Estima-se que 80% das doenças raras sejam de origem genética.

“As pessoas com doenças raras e seus familiares vêm apelando constantemente para que retornemos com esta comissão e com o seu relevante trabalho. Eles clamam por um âmbito dedicado a debater suas demandas e soluções para os inúmeros problemas que enfrentam. Assim, é de extrema importância reinstalarmos a CAS-Raras”, afirmou Mara, presidente da subcomissão.

A situação das pessoas com doenças raras ainda é agravada pelo fato de que não há tratamento conhecido para 95% dessas moléstias, restando somente a oferta de cuidados paliativos e atividades de reabilitação. Além disso, cerca de 2% das pessoas acometidas necessitam de tratamento com medicamentos órfãos (aqueles que, por razões econômicas, precisam de incentivo para serem desenvolvidos), capazes de interferir na progressão da doença, como demonstra o plano de trabalho da subcomissão.

O colegiado contará com cinco membros titulares e cinco suplentes e funcionará dentro da Comissão de Assuntos Sociais. Objetivo é trabalhar com temas urgentes já que essas patologias são caracterizadas por ampla diversidade de apresentação clínica, sinais e sintomas, que variam de doença para doença, assim como de pessoa para pessoa afetada pela mesma condição, dificultando muitas vezes o diagnóstico. A senadora Mara Gabrilli lembrou que a Subcomissão tem funcionado desde 2017 e defendeu a reinstalação do colegiado.

O plano de trabalho apresentado pela senadora Mara Gabrilli para as atividades da Subcomissão propõe-se fiscalizar a implementação e ampliação do Programa Nacional de Triagem Neonatal que ampliou o rol mínimo de doenças a serem rastreadas pelo teste do pezinho em todo país. Entre os objetivos está também avaliar a Política Nacional de Atenção Integral em Genética Clínica. Com estas medidas, a ideia é facilitar o acesso ao diagnóstico e, com isso, oferecer uma rede assistencial especializada para o tratamento desde a mais tenra infância, evitando sequelas e deficiências graves.

A subcomissão presidida por Mara prevê ainda realizar ao menos uma diligência externa ao Laboratório do Instituto Jô Clemente, em São Paulo, que é o maior laboratório de triagem neonatal da América Latina.

É fato que o grande desafio dos poderes públicos de todo o mundo é oferecer uma rede assistencial especializada no tratamento dessas enfermidades, muitas das quais de difícil diagnóstico e sem tratamento curativo conhecido, além de garantir a efetiva inclusão social dessas pessoas, já que 75% das doenças raras afetam crianças e os índices de mortalidade ainda são bastante elevados em todo o mundo.

Acesse aqui o Plano de Trabalho completo

Publicado em Categorias Notícias