Prioridade para crianças no acesso a órteses e próteses avança no Senado

foto de um menino cadeirante em sala de aula. De costas, ele escreve no papel sobre sua mesa.Proposta de autoria da senadora Mara Gabrilli estabelece prioridade aos jovens em idade escolar no acesso a órteses, próteses e tecnologias assistivas, e, dentre estas, preferencialmente as crianças na primeira infância.

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) aprovou, nesta quinta-feira (13), o Projeto de Lei (PL) 1.224/2019 que garante prioridade às crianças com deficiência em idade escolar, especialmente na primeira infância, no acesso a órteses, próteses e tecnologias assistivas. O projeto agora será analisado na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), em decisão terminativa.

Para a autora do projeto, senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), a medida dará mais “efetividade à legislação educacional”. Ela ressalta o dispositivo da Constituição que estabelece como um dos princípios do ensino a igualdade de condições para o acesso à escola, e que garante a educação como um direito de todos e dever do Estado e da família. Segundo estatística citada por ela, em 2014 havia cerca de 140 mil crianças e jovens fora da escola devido a alguma deficiência.

“Concedida essa prioridade, mais crianças terão acesso mais célere a próteses, órteses e outras tecnologias assistivas, e não mais se afastarão das escolas”, afirmou no texto do projeto.

A relatora, Mailza Gomes (PP-AC), observou que ainda hoje milhares de crianças estão alijadas da educação em razão da falta de acessibilidade, que provoca sua evasão escolar.

“A oferta de educação deve ser geral e sem restrições, de modo que todos aqueles em idade escolar possam dela se beneficiar. Quando a escola somente é apta a atender aos estudantes sem deficiência, cria barreiras efetivas à inclusão escolar dos estudantes com deficiência”, alertou em seu parecer.

Fonte: Agência Senado

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